Ser fotografado: uma experiência transcendente

Até onde vai minha memória a respeito da fotografia, uma coisa não mudou até hoje: seu valor transcendental. Sendo a fotografia pertencente ao mundo das Artes, ela possui um significado que vai além dela.  Ironicamente, pode ser empregada tanto como arte quanto para fins concretos, como o registro de importantes acontecimentos, grandes fatos históricos, enfim, tem seu caráter documental. Imagine o quanto não trabalhou a fotografia para áreas como jornalismo e as comunicações em geral.  Mas o que é que a Arte faz, mesmo? A arte imita a vida. E, para que SERVE a Arte? É uma pergunta que remete a muitas respostas. Muitas pessoas, algumas bastante respeitadas em suas áreas de atuação já discorreram acerca desse tema. Mas quero deixar aqui minha singela reflexão pessoal. A arte serve para nos CONECTAR com algo superior, divino. A fotografia, portanto, se inclui aqui. Eu me recordo de me emocionar muito com certas imagens, desde muito cedo. Assim a fotografia chegou até mim, pela veia da sensibilidade. As obras de Sebastião Salgado são provavelmente as mais antigas de que tenho memória “nomeada”, assim como o icônico retrato da “Garota Afegã”, de Steve McCurry, que ficou conhecido mundialmente pela capa da revista National Geographic. A fotografia enquanto arte, ou mesmo registro jornalístico sempre transcendeu seu significado. Esse é o poder que ela possui, de conversar com nosso inconsciente, trazendo à tona sensações, despertando emoções instantâneas, e mesmo inclinações.  É por isso que pessoas choram ao folhear álbuns de família, inclusive há indicação terapêutica para casos de depressão, mas isso vou comentar em outro post. Em minha trajetória, já ouvi muitos relatos interessantes, de mulher que enxergou beleza em seu esposo, olhando uma foto dele (detalhe, estavam casados há mais de 50 anos), bem como de mãe de recém-nascido que enxergou na fotografia do esposo algo que vai além da beleza, mas a aura do homem por quem se apaixonara 10 anos atrás.  A fotografia corporativa marca outra trajetória. Deixar-se retratar de tempos em tempos, além de uma necessidade do mundo profissional, ao longo de uma ou duas décadas, traz à tona a narrativa de uma carreira profissional em suas diversas fases. É, sem dúvida, uma memória interessantíssima. Para aqueles que tem suas próprias empresas, contam a história de uma família e seu legado. O valor é tanto transcendente quanto histórico. Isso sem falar que ela marca determinado momento. Qualquer um que se submeta às lentes de um profissional sabe que a experiência, quando bem conduzida, gera enriquecimento, troca, empatia. E também a grande oportunidade de olharmos para dentro de nós mesmos, com aquela imagem estática, e quem sabe, descobrirmos algo novo através dela. É isso!! Gostou? Compartilha com aquela pessoa que ainda reluta em ser retratada.